Caminhada marca campanha Janeiro Branco para acolhidos de abrigo em Vitória
Com balões brancos, faixas e cartazes com os dizeres da campanha janeiro branco nas mãos, os acolhidos e trabalhadores do Abrigo para Pessoa em Situação de Rua com Transtorno Mental – AT1 caminharam pelas avenidas Paulino Muller e Beira Mar, na sexta-feira (26), numa demonstração de que a vida pede equilíbrio e todos precisam de cuidado e respeito. O tema deste ano é “Saúde mental enquanto há tempo! O que fazer agora?”.
A cuidadora Raney Cristina Assunção, mesmo de férias do trabalho, fez questão de levar as filhas Raylla Breda, de 5 anos, e Isis Cristina Decothe Souza, 11, para participarem da caminhada. “Ensinar desde pequenas a não terem preconceito, a ajudar a cuidar e respeitarem é fundamental. Todos precisam saber da importância do cuidar das pessoas com transtorno”, disse ela.
Ao ouvir os sons da movimentação em frente à sua casa, Josemar Gomes da Silva, 72, fez questão de ir até ao portão. “A gente vê a necessidade de se preocupar e fazer mais por essas pessoas que precisam de acompanhamento especifico”, falou ele.
De acordo com a gerente de Proteção Social de Alta Complexidade, Anacyrema Silva, esta é mais uma oportunidade de mostrar para a sociedade a importância da prevenção, cuidados com as doenças relacionadas à saúde mental e a essencialidade do cuidar das pessoas com algum tipo de doença ou transtorno mental.
Anacyrema contou que pessoas em situação de rua com a tendência a não se reconhecerem como detentoras de direitos , apresentam agravos à saúde física e mental. As doenças mentais podem ser causadas por uma série de fatores, como genética, estresse, abuso de substâncias e traumas. Nesse rol entram também os transtornos de humor, esquizofrenia e o transtorno bipolar.
A secretária de Assistência Social em exercício, Carla Scardua, disse que as atividades dos Acolhimentos visam integrar e realizar articulação com as demais políticas públicas, de modo a compor um conjunto de ações para a promoção de direitos, que possam conduzir a impactos mais efetivos no fortalecimento da autonomia e potencialidades dos acolhidos buscando à construção de novas histórias de vida.
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