Exposição “Moradores da Floresta” apresentará em municípios do Espírito Santo, e também outros estados, acervo de mais de 100 espécimes plastinados de animais silvestres e anatomia humana

Exposição “Moradores da Floresta” apresentará em municípios do Espírito Santo, e também outros estados, acervo de mais de 100 espécimes plastinados de animais silvestres e anatomia humana

Grande acervo da fauna brasileira é pioneiro no mundo

Uma experiência imersiva, em que observamos e somos observados pelos animais que moram em nossas florestas. Uma exposição itinerante. Uma técnica inovadora de preservação de tecido biológico. Produção capixaba.

Tudo isso, e muito mais, poderá ser conferido na exposição “Moradores da Floresta”, que será inaugurada em Montanha (norte do Espírito Santo) no dia 10/10.

A exposição, que contará com mais de 100 espécimes plastinados de animais e de anatomia humanos, ficará no município até o dia 19/10, e em 2024 ainda passará por Vila Velha, Colatina e Guarulhos-SP.

A exposição é aberta para visitação, que pode ser agendada para grupos através do link https://mcv.ufes.br/agendamento-para-escolas. Em cada parada da exposição, será oferecido um curso de formação para professores e pedagogos da Educação Básica – para a de Montanha, as inscrições já estão encerradas.

Segundo o curador da exposição, Prof. Dr. Athelson Stefanon Bittencourt, o objetivo da exposição vai além da simples apreciação no momento. Em cada uma das paradas do projeto, haverá a formação continuada de professores das escolas da região, para que passam se apropriar e falar com mais propriedade sobre a temática da exposição e aqueles bichos (como onça, jaguatirica, anta harpia e outros), e também sobre a plastinação.

E o que seria a plastinação de corpos? O próprio Athelson, que é coordenador do Museu de Ciências da Vida e Laboratório de Plastinação (Ufes) e principal propagador da técnica no Brasil, explica.

“Esta é a técnica mais moderna de preservação de tecido biológico que existe. Os egípcios já faziam a mumificação há 4 mil anos, que também é uma técnica de preservação, mas nela acontece um encolhimento dos corpos, e com o tempo, insetos e outros organismos podem se alimentar daquela matéria orgânica, mesmo que seca.

A plastinação resolve esse problema de outra forma. Retiramos toda a água do corpo, e substituímos por algum plástico, como silicone, poliéster, epóxi – isso pode variar de acordo com a técnica usada. O plástico passa por um processo de cura, e como não é biodegradável, vai preservar os corpos sem a possibilidade de ataque por microrganismos – ninguém gosta de comer plástico, né?”, brinca o professor.

Ele diz que a técnica não era muito usada no Brasil, e ele foi aos EUA para aprendê-la. Num momento de emergência climática, ele lembra também da importância do cuidado com o meio ambiente. “É uma ressignificação dos corpos dos animais que foram vítimas de atropelamento em nossas estradas ou de caça ilegal nas reservas biológicas do estado. E através desses animais, que agora ganham vida na exposição, a gente consegue trabalhar a conscientização da população, a educação científica e ambiental, e muitas outras questões que vêm de um trabalho como esse”.

Uma exposição itinerante, que vai ao interior do Espírito Santo, tem o potencial de atingir pessoas que talvez nunca pudessem visitar a capital e ir ao MCV, democratizando o conhecimento acadêmico científico. E isso, para Athelson, é o que torna esta exposição ainda mais especial.

“É a descoberta de um outro universo de conhecimento, novos sonhos e outras perspectivas de vida. Ao chegarem à exposição, os alunos visitantes participarão de um momento de acolhimento, realizado pela equipe de mediadores, que falarão da universidade, sua estrutura e funcionamento, abordando a ciência, pesquisa, extensão e o ensino que acontecem lá.

Neste diálogo, será mostrado ao visitante que a universidade também é de todos nós, e que eles podem vislumbrar como uma possibilidade real um dia estudarem na UFES ou em qualquer outra universidade pública”.

A exposição “Moradores da Floresta” é uma realização da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), Museu de Ciências da Vida (MCV), Laboratório de Plastinação da Ufes (Labplast) e Centro de Ciência da Saúde da Ufes. O patrocínio é do CNPq, Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação e Governo Federal do Brasil. O evento conta ainda com apoio da Pró-Reitoria de Extensão (ProEx), Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, Programa EDUCIMAT, IFES, Fundação Espírito-santense de Tecnologia (FEST) e Projeto Harpia.

SERVIÇO:
EXPOSIÇÃO MORADORES DA FLORESTA
Local: Ifes- Campus Montanha. Palhinha – Rodovia ES-130, Km 1, Montanha – ES, 29890-000
Data: 10 a 19 de outubro de 2024
Entrada: Gratuita
Horário de Segunda a Sexta: 8h30 às 12h e 13h30 às 17h
Horário Especial nos dias: 14,15 e 16/10: 8h30 às 12h e 13h30 às 20h
Sábados: 8h30 às 15h (dia 12/10) e 8h30 às 11h (dia 19/10)
Agendamento de visita: https://mcv.ufes.br/agendamento-para-escolas

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