João Bananeira nas Escolas: aula divertida e cultural para 572 alunos da Emef Noêmia Costa de Lima, em Vista Mar
Esta terça-feira (16) foi um dia para lá de especial para 572 alunos de 6 a 11 anos do 1º ao 5º anos da Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Noêmia Costa de Lima, em Vista Mar, que receberam uma visita ilustre: o personagem folclórico e patrimônio cultural da cidade, João Bananeira, com o projeto “João Bananeira nas Escolas”.
A ação é uma parceria da Secretaria Municipal de Cultura (Semcult) e de Educação (Seme), e visa a levar a figura do João Bananeira, ícone da cultura de Cariacica, para dentro das escolas por meio de apresentações feitas pelos alunos, além da história do personagem, com direito a caracterização, roupas típicas, instrumentos do congo e muita animação.
A apresentação também é interativa. As crianças participam o tempo inteiro ao longo da história da origem do personagem, contada pelo dançarino e artista Alfredo Godô. Além de assistir à apresentação, os alunos fazem vários objetos de artesanato, máscaras, cartazes e desenhos com a figura do João Bananeira para recebê-lo. Vestem as máscaras, tocam em objetos e nos instrumentos musicais, como a casaca.
Marcia Cristina Martins Cravo, diretora da escola, ressalta que o personagem resgata a valorização do cariaciquense. “É uma cultura nossa. Quando a gente apresenta o João Bananeira para as crianças, nessa faixa etária que a gente trabalha, é uma redescoberta que cria elo com a própria família que, de algum modo, já ouviu falar do personagem. Merece estar sempre em alta, valorizado. A gente fala com orgulho porque ele nos representa”.
A aluna Emilly Martins Alves, 8 anos, do 3º ano gostou tanto do João Bananeira que experimentou a máscara do personagem. “Achei legal porque ele é muito colorido e animado”, disse ela.
Já o aluno Marlos Daniel Cipriano Ferreira gostou da performance do João Bananeira com as crianças. “A parte que eu mais gostei foi quando ele ficou mais perto da gente. Deu para ver de perto como é a roupa dele”.
João Bananeira
Incorporado originalmente ao Carnaval de Congo de Máscaras de Roda D’Água, a figura do João Bananeira equilibra fantasia e realidade da identidade folclórica da congada. Com o rosto coberto pela máscara e o corpo com folhas de bananeira, o personagem se junta ao cortejo acendendo o imaginário das rodas de congo.
No meio da procissão, negros escravizados colocavam máscaras para cobrir os rostos e até mesmo usavam meias nos braços para não serem identificados e, assim, participarem do cortejo. Com o tempo, transformou-se numa brincadeira e foi incorporada à tradição da festa folclórica.
Antes, ainda com as tradições mais enraizadas, para conseguir que não fossem identificados, os mascarados se vestiam nas plantações de banana da zona rural do município.
A dança e irreverência dos mascarados acompanham o som dos tambores e a voz dos congueiros que entoam antigas canções para homenagear a padroeira do Espírito Santo, Nossa Senhora da Penha. A memória acompanha a história do congo da cidade, reforçada no ícone da manifestação popular representado pelo João Bananeira.
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