Programação de aniversário encanta crianças e estudantes na Escola de Física
Experimentar a eletricidade, ver nascer um raio, brincar com a própria sombra e vê-la colorida ou congelada, explorar a dinâmica de um buraco negro. Tudo isso fora das páginas dos livros e com o encanto que a ciência é capaz de proporcionar. Ao completar 23 anos de existência, a Escola de Física renovou sua vocação de museu-escola, com o objetivo principal popularizar o conhecimento científico.
Em um dia cheio de atividades e público presente, o parabéns foi coletivo, reunindo crianças, estudantes, pessoas curiosas e autoridades municipais. O prefeito de Vitória, Lorenzo Pazolini, esteve no espaço logo cedo acompanhando as turmas do Centro Municipal de Educação Infantil (Cmei) Ernestina Pessoas, localizado no bairro Moscoso, que vivenciaram uma manhã de muita diversão, descoberta e aprendizagem.
“Hoje estamos comemorando 23 anos da Escola de Física. Aqui tem experiências que mostram a ciência na prática, como as coisas funcionam, como a Física está no nosso dia a dia. Tudo tem ligação com a ciência, com o experimento. Alguém enxergou, observou, estudou e escreveu sobre essas experiências que vocês vão aprender hoje. É um dia de festa”, destacou Pazolini.
Também presente no espaço, a secretária de Educação de Vitória, Juliana Rohsner, ressaltou o caráter pedagógico do espaço, que recebe visitas de instituições de ensino e também atende o público geral de forma gratuita, com visitas mediadas pelo acervo de experimentos.
“Além de comemorar os 23 anos da Escola de Física, também é dia de mostrar que todo mundo faz ciência e que a ciência está no nosso cotidiano. Aqui é um espaço de encanto mesmo, em que as pessoas de todas as idades podem experimentar e entender na prática e é isso que produz sentido, por isso a gente cria memórias afetivas nos Centros de Ciência, Educação e Cultura”, pontuou.
Despertar para a ciência
Abordando conceitos ligados à eletricidade, à óptica, à acústica e à mecânica de forma a encantar os visitantes, a Escola de Física tem o objetivo de despertar a curiosidade e ajudar a compreender, de forma divertida, os fenômenos científicos. E os estudantes da Escola Municipal de Ensino Fundamental em Tempo Integral (Emef TI) Moacyr Avidos, na Ilha do Príncipe, que visitaram o espaço hoje ficaram encantados.
“Sempre passei aqui no Parque Moscoso, mas nunca tinha entrado, nem imaginava que tivesse a Escola de Física aqui. Foi muito legal, é diferente da sala de aula. A gente conseguiu ver as coisas e entender. A experiência do banco dos pregos eu já tinha visto no livro e aqui pude ver ao vivo, mas a experiência do tubo de Rubens foi a mais interessante, do fogo se movimentar a partir da música, da voz, que são ondas, na verdade”, observou o estudante Ayhann Latavanha, do 9º ano.
Também pela primeira vez no espaço, o estudante Vitor Reis Santana, da mesma turma, curtiu o Show da Física, espetáculo que apresenta diversos experimentos de forma interativa com o público e fez parte das comemorações dos 23 anos do espaço.
“Achei bacana, não conhecia muito. A gente aprendeu várias coisas de Física, foi uma aula mais prática, deu pra entender melhor. O Show da Física foi o mais legal”, resumiu.
Um pouco da história
A Escola de Física foi inaugurada em 26 de abril de 2000 após a completa restauração e adaptação do edifício tombado pelo Conselho Estadual de Cultura, denominado Jardim de Infância Ernestina Pessoa, localização da instituição, no Parque Moscoso.
A inspiração para criar os Centros de Ciência, Educação e Cultura de Vitória (CCEC) surgiu após visitas realizadas à Universidade de São Paulo (USP) em 1990, por um grupo de aproximadamente 40 professores efetivos da rede municipal de ensino de Vitória. Os profissionais foram fazer cursos no Instituto de Física da USP e conhecer práticas realizadas em espaços não-formais, como: Instituto de Oceanografia, Instituto de Zoologia, Butantã e a Estação Ciência.
A troca de experiências e os novos conhecimentos adquiridos aguçaram a vontade do grupo para a concretização dos espaços científicos na capital capixaba, entre eles, a Escola de Física, que foi implementada após o Planetário e a Praça da Ciência.
O prédio que sedia tanto a Escola de Física quanto a Escola de Inovação foi projetado pelo arquiteto modernista Francisco Bolonha, sob influência da Semana da Arte Moderna de 1922, considerada um marco nas artes brasileiras, incluindo também a arquitetura. A construção foi inaugurada em 1952.
Entre as características da arquitetura modernista presentes no prédio, estão: a estrutura em concreto aparente; a ventilação através de venezianas; a integração da arte com a arquitetura por meio dos murais externo e interno, do artista Anísio Medeiros; cobogós na fachada; telhado borboleta; elementos vazados na composição do espaço; e fachada para o pátio interno.
Fonte: Prefeitura de Vitória.
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