TJES vai devolver prédio onde marquise caiu; prefeitura diz que 383 imóveis têm irregularidades no Centro de Vitória
Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Espírito Santo (Crea-ES) apontou que a corrosão, umidade e excesso de peso são as possíveis causas da queda estrutura do prédio.
O Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES) disse que vai devolver para a União o prédio onde uma marquise caiu no Centro de Vitória na madrugada de quarta-feira (21). O local foi cedido em 2017 e para receber unidades do TJES, mas o órgão informou que vai devolver o prédio à União, o processo começou em 2022, mas ainda não foi concluído.
O TJES informou que em 2017, a União cedeu a posse do imóvel, mas diante da inviabilidade do custo na utilização e adaptação do imóvel, em 2022, o tribunal optou por devolvê-lo.
O órgão disse ainda que, enquanto aguarda as providências para a efetiva devolução, mantém, em tempo integral, equipe de vigilância para evitar possíveis depredações ao bem público. A Defesa Civil informou que notificou a União e o Tribunal de Justiça após a queda da marquise.
Além disso, após a queda da marquise, a Prefeitura de Vitória informou que de novembro de 2023 até fevereiro de 2024, 383 imóveis foram notificados por dano estrutural na região do Centro da capital. Desses, 49 já foram multados por irregularidades.
O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Espírito Santo (Crea-ES) apontou que a corrosão, umidade e excesso de peso foram as causas da queda da marquise do edifício Jerônimo Monteiro.
Uma equipe do Crea foi até o local e realização uma constatação preliminar, fazendo levantamentos fiscais e técnicos sobre a estrutura.
“Observamos um acúmulo significativo de resíduos e detritos que obstruíram a drenagem das águas da chuva. Garrafas e outros objetos estavam localizados na entrada do sistema de drenagem da marquise, provocando obstrução e causando acúmulo de água. Também constatamos camadas adicionais de concreto e outros materiais na laje, possivelmente não previstas no projeto inicial. Isso provavelmente provocou um aumento do peso a ser suportado pela marquise”, disse o coordenador da vistoria engenheiro civil, ambiental e de segurança do trabalho Giuliano Battisti.
Durante a vistoria do Crea-ES, foi constatada ainda a necessidade de aumentar a distância de isolamento da área, visto que algumas partes da marquise, que já haviam desabado, poderiam ainda se movimentar atingindo pessoas e veículos.
As orientações foram repassadas à Defesa Civil Municipal. O relatório final do Conselho sobre as causas e condições do desabamento será concluído no prazo de 15 dias.
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