Uso de internet entre idosos cresce 66% em sete anos

Uso de internet entre idosos cresce 66% em sete anos

O uso da internet entre os idosos mais que dobrou nos últimos anos no Brasil, mostrando que a terceira idade está cada vez mais conectada às novas tecnologias.

Segundo dados do IBGE, o número de usuários idosos cresceu de 24,7% em 2016 para 66% em 2023, representando um aumento de 66% em um período de sete anos.

Seja para fins de trabalho ou entretenimento, essa habilidade traz benefícios para a saúde mental e estimula a autonomia do idoso, segundo o médico geriatra Gustavo Genelhu.

“Desde que usada com responsabilidade e, em alguns casos, monitoramento, o uso da internet gera impactos positivos, como o estímulo ao raciocínio e a interação com outras pessoas e a praticidade”.

De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada pelo IBGE, 86,5% dos idosos informaram usar a internet todos os dias.

“Um importante benefício é que essa comunicação, possibilitada pelas tecnologias, ajuda a combater o isolamento, um problema que afeta muito a saúde emocional do idoso. A comunicação instantânea, por meio de mensagens, ligações e chamadas de vídeo insere a pessoa em um ambiente social no qual ela deve sempre fazer parte”, destacou o médico geriatra.

A infinidade de serviços oferecidos pelas tecnologias também ajuda o idoso ter autonomia, outro ponto importante para a saúde física e mental na terceira idade.

“Ainda que ele não tenha muitos conhecimentos, é válido aprender a pagar contas, solicitar corrida por aplicativo, pedir comida pela internet, fazendo com que esse indivíduo exerça a sua independência”, afirmou Genelhu.

Apesar das muitas vantagens, o médico reforça a necessidade de redobrar a atenção. “Infelizmente, idosos são alvos muito desejados de criminosos que aplicam golpes na internet, seja de ordem financeira ou afetiva. Por isso, é fundamental que cuidadores e familiares estejam atentos e sempre orientando seus idosos sobre os riscos”, alertou o médico geriatra Gustavo Genelhu.

Fonte : Tempo Novo