Carnaval 2024: Unidos da Piedade contará a história da própria comunidade
Integrando o grupo especial, a escola de samba Unidos da Piedade será a 6ª escola a desfilar no sábado (03). Com o enredo “Quilombo Piedade”, a escola leva para o Sambão do Povo a própria história, exaltando seu território, histórias e memórias, identificando ancestralidades e valorizando a representatividade de seu povo.
A agremiação uniu a experiência com a força e o talento da juventude do seu território, local de resistência e também de felicidade, que engloba o Morro da Fonte Grande, Piedade, Moscoso, Capixaba e Centro de Vitória.
As vivências da comunidade se transformaram no enredo e essa história será contada no Sambão do Povo. “Vamos falar desde o processo de ocupação dos nossos morros, com trabalhadores negros que com suas próprias mãos construíram a cidade de Vitória, até o presente.” pontuou Karol Muniz, diretora de carnaval da escola.
A escola de samba mais antiga, 69 anos, vai em busca da 15° estrela e do título de campeã do carnaval 2024. Para isso, entrará na avenida com 1700 componentes, 21 alas, 3 carros alegóricos, 1 tripé e 1 pede passagem.
“A Piedade vira grandiosa. Nossas alegorias estão à altura que a nossa comunidade merece. O nosso samba enredo é potente, caiu na graça do povo.” finalizou Karol Muniz.
Unidos de Piedade
Cores da escola: Verde, vermelho e branco;
Ano de Fundação: 1955;
Títulos conquistados:14
Sede: Bairro Fonte Grande
Samba enredo:
Brilha no olhar a esperança
Punho cerrado, comunidade
Quem tem fé a vitória alcança
De corpo e alma sou Quilombo Piedade
Morro de amor, felicidade
Onde a vida é poesia
Fonte Grande de prazer
Meu lugar de fala, liberdade
Resistência em cada amanhecer
No rosto dessa gente tem história
Que conta a verdade desse chão
Saudade é chama viva na memória
Daqueles que cumpriram a missão
Preta voz que não se cala, é atitude
Negritude na pele de tantos bambas
E ninguém deixa cair, somos herdeiros
Nosso terreiro é morada do samba
Nas águas a energia da mulher
É força, é raça, axé
O canto do anjo negro ecoou
Bateu forte no couro, o pelo arrupiou
O deixa a gira girar ôôô
Mutalambô okê, okê
Desço a ladeira pro meu sonho conquistar
Na Rua Sete, Laroyê
Moro lá na montanha
Bem pertinho do céu
Minha raiz é luta ancestral
A paz de Zambi a nos guiar
Ritmo Forte é Kizomba é persistir
O meu legado não se apagará
Brilha no olhar a esperança
Punho cerrado, comunidade
Quem tem fé a vitória alcança
De corpo e alma sou Quilombo Piedade
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