Dia Nacional do Sistema Braille: Biblioteca Pública Municipal é referência em obras para pessoas com deficiência visual
Comemorado nesta segunda-feira (8), o Dia Nacional do Sistema Braille surgiu para celebrar um método que visa a dar novas oportunidades às pessoas cegas, surdocegas e com baixa visão. O sistema promove a inclusão de pessoas com deficiência visual na sociedade, além de abrir possibilidades para esse público.
A Biblioteca Pública Municipal Madeira de Freitas, localizada em Campo Grande, possui um acervo completo com obras para o público com deficiência visual. São 160 obras exclusivas e mais 85 audiolivros, doados pela Fundação Dorina Nowill para Cegos, que há mais de 75 anos trabalha pela autonomia e inclusão de pessoas cegas e com baixa visão.
As obras são de todos os tipos. Por lá, o leitor pode encontrar livros didáticos, biografias, como a da apresentadora Hebe Camargo, obras escritas por artistas como o ator Lázaro Ramos, best-sellers de Nora Robert e Danielle Steel, entre outros exemplares.
Para a bibliotecária e coordenadora da Biblioteca Pública de Cariacica, Júlive Argentina, o Sistema Braille leva oportunidade para que deficientes visuais e pessoas com baixa visão tenham acesso à escrita e leitura. “A Biblioteca Pública de Cariacica, por meio do seu acervo de livros em Braille, garante que a comunidade tenha acesso à leitura de forma ampla, cumprindo com a missão da biblioteca, que é oferecer acesso à informação de forma universal, livre e gratuita a toda comunidade”, explica.
O servidor público Sandro Bermudes Machado, 50 anos, morador de Alto Lage, nasceu com catarata congênita, que levou à perda da visão. Desde então ele usa o Sistema Braille para ler os periódicos. “O Braille tem uma grande importância na minha vida e na vida de muitas pessoas que não enxergam. Com ele, podemos conhecer o mundo por meio da leitura”, diz.
Já a dona de casa, Maria Trancoso, 50 anos, também moradora de Alto Lage, não conhecia a biblioteca e se surpreendeu com o tanto de obras em Braille que possui no espaço. “Eu aprendi a ler em Braille em 2005. Adoro ler romances e livros de ação. Agora virei aqui mais vezes, pois tenho certeza que esses livros farão a diferença para mim e para quem precisa do Braille para se comunicar”, afirma.
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