Serviço de Convivência revela talentos infantis e novos ritmos musicais
Uma banda de música, com direito a duas vocalistas, muitos violonistas, baixistas e até um baterista. Este é o resultado do trabalho realizado pela equipe de trabalhadores do Centro de Convivência e Fortalecimento de Vínculos – Cajun Solon Borges, para falar de respeito, vínculos, família, coletividade, oportunidades, compartilhamento de saberes, união, força e potencialidade.
Segundo o educador social Filipe Barcelos, a implantação do projeto nasceu com o propósito de complementaridade ao Grupo de Convivência e, a importância do fortalecimento de vínculos familiares e comunitários de maneira leve. “Uma banda de música pode ser comparada a uma grande família. Como numa família deve haver respeito, saber ouvir e escutar, compartilhar, amizade, trabalhar em conjunto”, apontou ele.
Após oito meses de oficina, os adolescentes já despontam e “exibem” seus talentos. Uma delas é Ana Clara Reis de Araújo, de 12 anos. Vocalista da banda ao lado de Maria Eduarda Pontes Siqueira,12, a adolescente demonstra total domínio da voz, dos acordes e dos ritmos. Mas, ela conta que ficou chocada e surpresa em se descobrir cantora.
Hoje, Ana Clara disse que já sonha em se apresentar em grandes palcos. “No fundo, sempre achei que tinha uma vocação. Quero me apresentar no The Voice Kids (um show de talentos musicais infantis exibido pela TV Globo). Quero ser uma cantora profissional. Cursar uma faculdade de Música”, revelou a adolescente.
Para Davi Amorim Justino, de 12 anos, os dias de oficina de Música são os que o ajudam a se sentir mais leve. “Acho que o que estou aprendendo aqui vou poder usar no futuro. Vai ajudar nos meus projetos”. Lógico que a pergunta seguinte foi: Quais são? “Sonho em abrir uma cafeteria. Gosto muito de café”, disse o adolescente.
E o que vai levar do Serviço de Convivência quando não estiver mais aqui? Davi fala com desenvoltura: “Paciência, querer aprender, dedicação, foco, respeito ao próximo. Pensar em melhorar sempre”, listou ele.
Ao ouvir a conversa dos adolescentes, o facilitador Filipe falou de sua felicidade e satisfação com o trabalho desenvolvido. “Me sinto orgulhoso do trabalho que desempenhamos, do esforço e da dedicação dos adolescentes. O maior desafio para esta oficina foi que a maioria das crianças não eram musicalizadas. Para a maioria, o trabalho foi iniciado do zero, do primeiro acorde ao primeiro ritmo”, contou ele.
Demonstrando total orgulho em relação ao grupo, Filipe destacou: “todos foram abertos a novas atribuições, novas possibilidades de fazer música. É gratificante, como eles estão se socializando e fortalecendo vínculos”, contou.
Para a secretaria de Assistência Social, Cintya Schulz, a aposta da equipe em atividades coletivas que reforçam e restabelecem combinados de convívio, dão oportunidades para crianças, adolescentes, pessoas idosas e com deficiência, revelarem suas potencialidades pessoais e também de grupo, contribuem para o desenvolvimento cidadão e para novas possibilidades de construção de suas histórias de vida.
“É um orgulho poder falar dos nossos espaços como locais de referência para o convívio em grupo, de atividades complementares às ações da família na proteção e desenvolvimento das crianças e o fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários”, reforçou a secretária.
Fonte: Prefeitura de Vitória
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